Revista Literária

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Belém -Pará- Brasil"

Existe poesia que nasce como poesia, essa canção de um grupo paraense, da década de 80, que quase não ouço mais falar "Mosaico de Ravena" se transformou em uma poesia por mérito. A letra diz muito, e parece ser um desabafo crítico. Ela fala muito de valorização da cultura e também do orgulho que nós paraenses necessitamos ter dessa terra rica, linda, abençoada, pai'dégua!

Vão destruir o Ver-o-Peso
Pra construir um Shopping Center
Vão derrubar o Palacete Pinho
Pra fazer um Condomínio
Coitada da Cidade Velha,
que foi vendida pra Hollywood,
pra se usada como albergue
no novo filme do Spielberg

Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

A culpa é da mentalidade
Criada sobre a região
Por que é que tanta gente teme?
Norte não é com M
Nossos índios não comem ninguém
Agora é só Hambúrguer
Por que ninguém nos leva a sério ?
Só o nosso minério

Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

Aqui a gente toma guaraná
Quando não tem Coca-Cola
Chega das coisas da terra
Que o que é bom vem lá de fora


Transformados até a alma
sem cultura e opinião
O nortista só queria fazer
parte da Nação

Ah! chega de malfeituras
Ah! chega de tristes rimas
Devolvam a nossa cultura!
Queremos o Norte lá em cima!
Por quê? Onde já se viu?
Isso é Belém!
Isso é Pará!
Isso é Brasil!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Falando de Literatura Paraense.

ILC - I Ciclo do Extremo Norte da Literatura

Tema: "A Prosa de Dalcídio Jurandir e a Poesia de Paulo Plínio Abreu"

Realização: dias 19, 23 e 30 de junho de 2009, no Centro de Convenções da UFPA (ao lado da Reitoria) e Livraria Universitária.

Se tenho a poesia em mim
Desculpe-me os realistas
Mas a frustração de um poeta
É viver a poesia em plena realidade.

Devaneios, talvez,
Mas que seria de minha louca mente
Se não fossem minhas insanas palavras
Como poderia viver...
Se necessito delas para respirar... extravasar... repelir meus medos
Expressar o mal que a realidade me causa?
É celebrar o bem do irreal de minhas palavras.

Amália Pércia 10/06/2009